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Publicado em: 10 de dezembro de 2025

Tecnologia


Indústria 4.0 no Setor Elétrico: Automação, IoT e IA impulsionando eficiência, confiabilidade e sustentabilidade

Imagem do artigo Indústria 4.0 no Setor Elétrico: Automação, IoT e IA impulsionando eficiência, confiabilidade e sustentabilidade

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2025) — vinculada ao Ministério de Minas e Energia — a automação e a digitalização têm sido decisivas para reduzir perdas e aumentar a confiabilidade do sistema elétrico.

Essas tecnologias possibilitam o uso racional de recursos e elevam a competitividade das empresas do setor elétrico em um mercado que evolui rapidamente.

O relatório também revela que soluções com sensores IoT e inteligência operacional já reduziram perdas técnicas em até 12% e elevaram a confiabilidade em 18%.

Além disso, reforça que a eficiência energética e a sustentabilidade operacional são pilares do Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), que define as bases para um setor elétrico mais moderno e sustentável — impulsionado por projetos de PD&I apoiados por ANEEL, BNDES e Finep.

Essa visão está alinhada ao trabalho do CESAR – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, que combina dados, automação e inteligência operacional para modernizar processos e gerar valor sustentável.

Hoje, vamos destrinchar os principais pontos para inovar no setor elétrico. Continue a leitura e confira as tendências de automação e de operações “mais verdes” no mercado de energia.

Por que o setor precisa inovar: pressões regulatórias e ESG

A transição energética é hoje uma exigência de mercado e regulação. No Brasil, a ANEEL reforça esse movimento por meio de programas de P&D e da Lei nº 9.991/2000, que obriga concessionárias a investir parte da receita em eficiência elétrica e inovação.

Ao mesmo tempo, as metas ESG ganham relevância, impulsionadas por investidores e consumidores que cobram redução de emissões e uso responsável dos recursos.

Nesse cenário, inovar é essencial para garantir competitividade e sustentabilidade. Isso porque a adoção de sistemas inteligentes e automação reduz perdas, aumenta a confiabilidade das operações e ajuda as empresas a atenderem às metas regulatórias e ambientais.

Case Sobressalentes Petrobras: inteligência operacional que reduz custos e perdas

Dois colaboradores caminham por uma planta industrial com tubulações e equipamentos mecânicos enquanto realizam verificação de sobressalentes, usando capacetes, protetores auriculares, óculos de segurança e uniforme
Profissionais realizando inspeção em área industrial

O projeto Sobressalentes, nossa parceria com a Petrobras, demonstra esse impacto concreto da inteligência operacional e a necessidade de inovar para expandir.

Desenvolvido com o apoio do CESAR, o sistema Estimador Realista de Sobressalentes (ERS) prevê com precisão a demanda por peças, integrando dados históricos dispersos e automatizando decisões que antes levavam semanas.

É esse tipo de inovação que minimiza desperdícios, otimiza inventários e diminui custos emergenciais. Inclusive, o ERS já atende 57 gerências, acelerando decisões e permitindo estratégias mais inteligentes de suprimentos, enquanto promove uma mudança cultural de confiança em decisões automatizadas.

Do lado de cá, o CESAR é parceiro nessa evolução, ajudando empresas e organizações a desenvolverem soluções inovadoras para o setor de energia. A urgência de inovar é evidente, em especial porque casos como o da Petrobras mostram resultados expressivos que impulsionam crescimento e sustentabilidade no setor.

Eficiência energética: como diminuir perdas e aumentar a competitividade

No setor elétrico, elaborar estratégias de eficiência energética é um fator decisivo para a competitividade, impactando diretamente nos custos operacionais e no desempenho das empresas.

Para atingir esse nível de eficiência, é fundamental ter uma visão integrada da rede, apoiada por sistemas de automação, sensores e análise de dados.

Esses recursos trabalham de forma complementar: enquanto a automação executa ações de controle e ajuste de processos sem intervenção humana, os sensores coletam dados em tempo real sobre consumo, tensão e desempenho dos equipamentos.

Já a dataficação transforma essas informações em insights estratégicos, permitindo identificar padrões, prever falhas e corrigir desvios antes que se tornem prejuízos.

Vantagens de investir em eficiência energética

Com essa integração tecnológica, as empresas conseguem monitorar continuamente seus ativos, agir de forma preventiva, mitigar falhas e reduzir perdas técnicas e comerciais.

Por fim, além de aumentar a confiabilidade das operações, esse processo ainda reforça o compromisso com a sustentabilidade e o uso inteligente de recursos, pilares essenciais para o futuro do setor elétrico.

Automação: como automatizar processos do chão de fábrica à operação remota

Ao olharmos para as operações diárias no setor elétrico, tarefas manuais como inspeção e manutenção de ativos ainda representam um desafio relevante — tanto pelo custo quanto pelo risco operacional.

A automação inteligente de energia elétrica surge como resposta a esses obstáculos, integrando sensores, plataformas digitais e conectividade avançada para conectar equipamentos, monitorar variáveis críticas e executar ações de forma autônoma.

Além disso, os sensores permitem a medição precisa do consumo de energia elétrica em tempo real, fornecendo a base para decisões mais assertivas, eficientes e sustentáveis. Com essa estrutura, torna-se possível realizar a leitura remota de indicadores, eliminando deslocamentos constantes até subestações ou linhas de transmissão.

Por fim, a coleta automática de dados — como temperatura, vibração, tensão e corrente — garante uma visão detalhada e confiável do desempenho dos ativos em tempo real.

Como a automação torna as operações mais seguras e eficientes

Essas informações alimentam sistemas de diagnóstico preditivo, capazes de identificar anomalias antes que causem falhas no setor. Com base no estado real dos equipamentos, é possível planejar manutenções com mais assertividade, reduzir custos e evitar paradas inesperadas.

Além disso, a automação viabiliza respostas imediatas a situações críticas. Quando um sensor detecta sobreaquecimento em um transformador, por exemplo, o sistema ajusta automaticamente a carga ou aciona a equipe técnica responsável.

Para tornar isso possível, diferentes tecnologias atuam de forma integrada. Entre elas estão os UAVs (veículos aéreos não tripulados), usados na inspeção de linhas de transmissão, os sensores IoT, que fazem o monitoramento contínuo de subestações, e os algoritmos de manutenção preditiva, que evoluem conforme analisam os dados coletados.

Essa combinação de soluções forma a base da automação inteligente, que representa um avanço decisivo na modernização do setor elétrico. Com ela, as empresas conquistam operações mais ágeis, seguras e eficientes em toda a cadeia energética.

IoT e inteligência artificial: conectando ativos e transformando dados emSmartphone exibindo capa de e-book gratuito sobre energia inteligente, com design moderno e elementos gráficos de tecnologia e linhas de transmissão. Título: "Energia Inteligente - Revolucionando o setor elétrico com Inteligência Artificial". valor

A combinação de Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) está elevando o nível de controle e eficiência no setor elétrico. Juntas, essas tecnologias permitem que equipamentos e sistemas se comuniquem entre si, antecipando comportamentos que antes só eram identificados após falhas.

Com a IoT, cada ativo passa a ser uma fonte constante de informação. Sensores instalados em transformadores, linhas e subestações coletam dados sobre consumo, temperatura, tensão e desempenho.

Já a inteligência artificial analisa esses dados de forma dinâmica, identificando padrões e tendências que indicam a necessidade de ajustes ou manutenção.

Esse processo torna o gerenciamento da rede elétrica mais preciso e estratégico, permitindo controlar a qualidade da energia, prever demandas futuras e detectar anomalias com alto grau de confiabilidade.

Sustentabilidade elétrica: alinhando operação e compliance ambiental

A sustentabilidade é um dos eixos estratégicos do setor energético e, hoje, está diretamente ligada à gestão digital e rastreável das operações. Afinal, cumprir metas ambientais, seguir princípios ESG e reduzir a pegada de carbono exige o uso de tecnologias que tornem o controle mais transparente e eficiente.

No Brasil, esse movimento está alinhado à Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/2009), que define metas de redução de emissões e orienta ações setoriais de mitigação e adaptação.

Além disso, a ANEEL tem criado regulamentações que incentivam o uso de soluções tecnológicas para o monitoramento de consumo e a redução de impactos ambientais, em sintonia com exigências de órgãos como o IBAMA.

Desafios de integração: interoperabilidade e sistemas legados

A modernização do setor elétrico depende da capacidade de integrar novas tecnologias aos sistemas legados já existentes — um desafio que precisa ser superado sem comprometer a operação.

Muitas empresas ainda enfrentam problemas de interoperabilidade, que reduzem os ganhos de eficiência e dificultam o retorno dos investimentos em inovação. Para vencer essas barreiras, a melhor estratégia é adotar soluções que conectem diferentes plataformas e processos de forma segura e escalável.

Em nosso centro de inovação, atuamos nesse ponto, desenvolvendo integrações adaptadas à realidade de cada empresa, que preservam a continuidade operacional e garantem o máximo aproveitamento das novas soluções digitais. Assim, a transformação digital ocorre de maneira estruturada, contínua e sem rupturas.

O papel do PD&I e dos incentivos fiscais na inovação energética

Os projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) têm papel central na modernização do setor elétrico, pois impulsionam a adoção de novas tecnologias e fortalecem a competitividade das empresas.

Ao elevar o nível de maturidade tecnológica, o PD&I viabiliza a implementação de soluções digitais em escala, com resultados concretos em eficiência e sustentabilidade.

Dentro desse contexto, os incentivos fiscais funcionam como motores complementares da inovação. Eles reduzem custos, ampliam a capacidade de investimento e encurtam o tempo de retorno financeiro, tornando o avanço tecnológico mais acessível e contínuo.

A busca por incentivos e alavancas econômicas faz parte de uma agenda de inovação sustentável, que alia impacto técnico à viabilidade de longo prazo.

Com experiência em PD&I, o CESAR atua em parcerias colaborativas que incentivam o desenvolvimento tecnológico e promovem a sustentabilidade econômica em todo o ecossistema energético.

Gestão de demanda e qualidade de energia: ampliando os benefícios digitais

A gestão de demanda e o controle da qualidade da energia consolidam o elo entre eficiência, automação e sustentabilidade no setor elétrico. Isso porque esses processos equilibram o fornecimento e o consumo, garantindo estabilidade ao sistema e uso mais racional dos recursos energéticos.

Com o apoio de soluções digitais e analíticas, as empresas que investem em inovação conseguem mapear padrões de consumo, antecipar riscos de sobrecarga e otimizar o desempenho da rede.

Ao unir tecnologia e estratégia, a gestão digital de energia promove decisões mais precisas e sustentáveis, reforçando o papel da automação como motor da eficiência no setor. Esse é o caminho para um ecossistema elétrico mais confiável, econômico e alinhado às metas ambientais do futuro!

Confira mais informações com nosso eBook gratuito sobre energia inteligente

A transformação digital no mercado elétrico já é uma realidade, e a inteligência artificial (IA) tem papel central nesse avanço. Para aprofundar esse tema, produzimos o eBook gratuito “Energia inteligente: revolucionando o setor elétrico com IA”, que mostra como a inovação tecnológica está impulsionando a eficiência, a automação e a sustentabilidade nas empresas de energia.

O material apresenta insights práticos e casos reais sobre como a IA vem otimizando processos, reduzindo perdas e fortalecendo o relacionamento entre energia, consumidor e sociedade. É uma ótima leitura para quem busca entender como os dados e a automação estão moldando o futuro da energia no Brasil.

Transforme desafios do setor elétrico em oportunidades de inovação com o CESAR

A evolução do setor elétrico exige visão estratégica, domínio tecnológico e capacidade de adaptação. Com trajetória consolidada em eficiência energética, automação e sustentabilidade, o CESAR apoia empresas que buscam elevar seu desempenho e se posicionar na vanguarda do futuro da energia.

Se a sua organização quer inovar com segurança, reduzir perdas e atingir novos níveis de performance, o momento é agora. Cadastre-se para receber nosso contato e descubra como transformar desafios em soluções e produtos, com o apoio de quem está moldando o futuro da energia no Brasil.


Perguntas frequentes

1. Qual é o objetivo da eficiência energética em sistemas elétricos?

O objetivo da eficiência energética em sistemas elétricos é otimizar o uso da energia e reduzir desperdícios em todas as etapas da operação.

Essa estratégia melhora o desempenho econômico e ambiental das empresas, garantindo maior confiabilidade e sustentabilidade. Ao investir em eficiência, o setor elétrico reduz custos, aumenta a competitividade e atende às exigências regulatórias e ESG.

2. Como funciona o Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL?

O Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL funciona como um incentivo à inovação e ao uso racional de energia. Ele determina que distribuidoras apliquem parte da receita anual em projetos de eficiência, conforme a Lei nº 9.991/2000. Essas iniciativas promovem a modernização tecnológica, a redução do consumo e o avanço da sustentabilidade no setor elétrico.

3. Quais são os tipos de eficiência energética no setor elétrico?

Os principais tipos de eficiência energética no setor elétrico são técnica, operacional e ambiental. A técnica busca aprimorar equipamentos e sistemas, tornando-os mais produtivos e econômicos.

A operacional está ligada à automação e à análise de dados em tempo real. Já a ambiental foca na redução de emissões e da pegada de carbono, fortalecendo o compromisso sustentável das empresas.

4. Qual é a importância da medição e do monitoramento de energia elétrica?

A medição e o monitoramento de energia elétrica permitem identificar ineficiências e otimizar o consumo com precisão. Sensores e plataformas digitais coletam dados em tempo real, possibilitando correções rápidas e decisões assertivas. Isso aumenta a confiabilidade do sistema, reduz custos e contribui diretamente para a sustentabilidade das operações.

5. Como a automação contribui para a eficiência energética?

A automação contribui para a eficiência energética ao integrar sensores, sistemas de controle e inteligência artificial que monitoram e ajustam processos automaticamente.

Essa tecnologia elimina desperdícios, reduz falhas humanas e melhora o desempenho dos equipamentos. Com operações mais inteligentes, as empresas alcançam maior economia de energia e estabilidade operacional.


Referências


Indústria 4.0Inovação TecnológicaSetor elétrico

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