Mercado de trabalho e Inteligência Artificial: como essa revolução se dará no futuro?

A rápida evolução da Inteligência Artificial tem gerado muitas discussões em diversas áreas da nossa vida, e um dos principais debates é sobre o impacto dessa tecnologia no mercado de trabalho. Muitos temem que ela seja usada para substituir os humanos; outros, por sua vez, têm uma visão otimista sobre como a utilização da IA pode contribuir para rotinas mais eficientes e produtivas.

Nos dias 28 e 29 de novembro, o CESAR participou do HSM+, principal evento de gestão e inovação da América Latina, que reuniu 5.000 pessoas na capital paulista. Foram 14 palcos de discussão dos mais variados temas de gestão e inovação para o desenvolvimento das lideranças empresariais no país, de recursos humanos e sustentabilidade até o protagonismo da Inteligência Artificial frente ao ser humano.

Grandes empresas participaram das discussões nos dois dias de evento, como a Vale, Microsoft, Intel, Natura, entre outros nomes internacionais de instituições de ensino renomados, como Harvard e Stanford.

Como destaques do primeiro dia de evento, foi realizado um debate sobre as diferenças e necessidades dos Baby Boomers e Gen-Z, que trouxe à tona os desafios enfrentados por essas gerações, bem como uma especialista em neurociência falando sobre as dependências digitais que o ser humano enfrenta no século 21, com o uso excessivo de telas. Além disso, Donald Stull, renomado professor do MIT Sloan School of Management, debateu sobre como a IA pode contribuir para medir e aprimorar a cultura organizacional, impactando diretamente na vida e satisfação dos colaboradores. Já a Make-a-Wish Brasil veio com uma palestra sobre a integração de valores humanitários nas práticas empresariais.

No segundo dia, o destaque foi para Rebeca Andrade, Daniel Dias e Tatiana Weston-Webb, que falaram sobre Disciplina e Alta Performance. A mediação deste painel foi da apresentadora Glenda Kozlowski.

Participação do CESAR contou palestras e lançamento de livro

No Palco + Educação, o CESAR esteve representado por Rafael Ferreira, consultor educacional da CESAR School, junto com Delmir Peixoto, especialista em Inovação Educacional, e Jackeline Carvalho, publisher na IPNews. Nele, falaram sobre Futuro Digital: Desafios de Formação e Novas Competências na era de IA Generativa, do quanto a educação necessita de atualizações, sobretudo em relação aos avanços da IA – algo que, segundo os palestrantes, deveria ser abordado desde o ensino infantil até as grandes universidades.

Outro ponto de destaque da fala de Rafael foi a reinvenção da Educação Corporativa, o que vemos hoje nas EdTechs. Também explanou um pouco sobre o GPT-4, um “plus” do modelo tradicional que já é conhecido, o ChatGPT, considerado hoje 15% melhor e mais assertivo do que o ser humano. Uma mensagem fundamental para os profissionais envolvidos na implementação da Inteligência Artificial, seja na criação de novas tecnologias ou no seu uso, é a constante lembrança de que o propósito da IA está centrado nas pessoas.

Eduardo Peixoto, CEO do CESAR, esteve presente no Palco + Conexão, debatendo sobre o tema Conexão RJ – SP – Recife: ecossistema de inovação transformando negócios. No painel, ele compartilhou ideias com Álvaro Machado, CEO da Learning Village, e Hector Gusmão, fundador da Bolder, sobre os centros de inovações em seus respectivos estados e como isso está fomentando o desenvolvimento do Brasil e suas empresas. Um conceito bastante explorado foi como se dá a criação de um ecossistema de inovação: com a formação de uma grande comunidade entre governo, corporações, empreendedores, capitais de risco e universidades.

César França, head de Conhecimento do CESAR, marcou presença no Palco Pulse, lounge do Learning Village, onde debateu sobre IA Generativa nas empresas: onde estamos e para onde vamos. Ele abordou o papel do ChatGPT, que recentemente completou um ano de existência e como isso aumentou a nossa capacidade de aprendizado e adaptação.

Falou também sobre o uso das IA em outras áreas, como a Medicina, como ela vem sendo utilizada para atividades repetitivas e o quanto isso favorece no bem-estar do ser humano, já que o libera de funções operacionais e permite utilizar esse tempo para outros fins. França reforçou a importância de medirmos o impacto da IA nas organizações, principalmente no que diz respeito ao que se tem de maior e menor valor. “A capacidade de analisar informações de IA está se tornando um diferencial significativo dentro das competências interpessoais no mercado de trabalho”, disse.

Já no último dia do evento, Eduardo Peixoto foi destaque no Palco + Transformação, dissertando sobre o tema Por que a sua organização precisa ser data-driven?. Com ele, estavam também Adriana Salles, diretora-editorial da HSM Management, Carolina Sevciuc, diretora de Transformação Digital da PepsiCo Brasil, e Cristiano Barbieri, head de inovação da Comgás.

O painel  trouxe a importância de compreender os diferentes níveis de maturidade na metodologia Design-Driven que uma organização pode passar e destacou que não há nível perfeito, pois cada uma tem suas próprias necessidades e objetivos. As pessoas são o grande foco nesse processo, em cada nível de stakeholders. A troca de experiências foi enriquecedora ao demonstrar como um foco centrado nos colaboradores é fundamental para o sucesso de uma organização. Isso inclui investir na diversidade da equipe, envolver os colaboradores de forma coletiva, disponibilizar ferramentas para o aprimoramento e criar um ambiente propício à troca de ideias.

Lideranças das maiores empresas do país presentes no evento compartilharam a visão de que os maiores avanços profissionais ocorrem quando os colaboradores se sentem confortáveis para errar, testar e aprimorar novas ideias.

Silvio Meira, fundador do CESAR e professor extraordinário da CESAR School, apresentou as 24 tendências para 2024, no Palco + Disrupção. Ele também trouxe uma visão de que estamos cercados por plataformas e, para as empresas tirarem proveito disso para ter competitividade, precisam rever a estratégia como um conjunto de processos.

Livro do CESAR aborda os princípios fundamentais do Design-Driven

O livro O futuro das organizações pela perspectiva Design-Driven, produzido pelo CESAR, foi lançado no HSM+. Giordano Cabral, presidente do Conselho do CESAR e autor do prefácio da publicação, esteve no lounge do Learning Village, apresentando a obra em primeira mão aos participantes do evento.

O guia, escrito por mais de 30 designers do CESAR e da CESAR School, desvenda os princípios fundamentais do Design-Driven, que podem ser usados de forma transversal dentro de uma empresa. Com um diferencial inovador, o livro oferece espaço para as organizações realizarem um diagnóstico da cultura do design em sua própria estrutura, por meio de um questionário acessível através de um QR Code. Nele, são abordados os fundamentos do Design-Driven, proporcionando uma avaliação personalizada. Também é possível acessar esse serviço gratuitamente pelo site do CESAR. Cada fundamento do Design-Driven é exemplificado por casos práticos, demonstrando como a teoria se traduz em resultados reais nas organizações.

A conclusão que chegamos é de que o mundo está se reinventando e precisamos caminhar para isso junto com ele. A IA não está destinada a substituir ninguém, pelo contrário, ela pode (e deve) ser utilizada para aumentar a eficiência nas profissões e, com isso, aprimorar o trabalho do colaborador. O desenvolvimento de habilidades complementares e a adaptação contínua devem fazer parte do cotidiano das pessoas, para que todos estejam preparados para juntos trabalharem em constante transformação.

Estamos aqui para auxiliar nessa caminhada de (r)evolução!