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CESAR .


2022-12-12T00:00:00

Pessoas


3 dicas para começar sua jornada para a primeira Liderança Técnica

Por Victor Rattis, Staff Software Engineer do CESAR.

Iniciei minha carreira na área de TI, no CESAR, há 12 anos, em desenvolvimento de software. Comecei a trabalhar jovem, muito “verde”, e com muita vontade de aprender. No CESAR consegui evoluir muito, profissional e pessoalmente. Gosto de falar que o CESAR é uma empresa centrada nas pessoas, extraindo o máximo do potencial de cada uma. Neste artigo, abordarei alguns insights e provocações vivenciados na minha jornada de liderança técnica, que iniciou há 2 anos, e que vem sendo muito desafiadora e prazerosa.

A chamada para a jornada da Liderança Técnica e os seus conflitos 

Antes de atuar no papel de liderança técnica, trabalhava como Engenheiro de Software Sênior, compondo uma equipe de 8 pessoas;  neste ambiente, me sentia desafiado e empolgado. Eu tinha a visão de que o meu valor como colaborador do CESAR estava no código que escrevia, nas análises de bugs, em participar e ajudar nas decisões técnicas do time e outros aspectos mais técnicos. Com a saída do líder técnico do projeto em que eu atuava, o gerente me fez um convite para que assumisse este papel. Entrei em em conflito comigo e várias inseguranças surgiram:

  • Medo de errar e desapontar os outros;
  • incapacidade para assumir esse papel na equipe;
  • inexperiência para coordenar o time, correndo o risco de desmotivá-lo;
  • inaptidão para suportar a nova responsabilidade;
  • medo de distanciar-me da área técnica e meus commits tenderem a zero;
  • esquecer os detalhes técnicos, pois estaria  distante da “mão na massa”;
  • não conseguir entregar bons resultados.

Pensei em desistir várias vezes, fiz algumas reuniões com a gerente, falando que não conseguiria assumir a liderança técnica, argumentando que esse não era o meu perfil e que não tinha as habilidades necessárias para tal. Porém, ela afirmou que confiava em meu trabalho, que eu já vinha fazendo atividades de suporte à liderança e que iria me ajudar nesta transição.

O que viabilizou meu crescimento enquanto líder foram as formações específicas e, o mais importante, ter apoio! Eu tive muito apoio do CESAR, através dos gerentes, dos colaboradores que liderava e de várias outras pessoas que estavam ao meu lado; aprendi muito com cada um.  Não tive vergonha de chamar os amigos para conversas e troca de  figurinhas, isso me ajudou bastante. No apoio à base teórica, tive a oportunidade de fazer as seguintes formações:

GNED DA CESAR SCHOOL: um curso incrível sobre Gestão de Negócios na Era Digital. Seu objetivo é qualificar líderes e prepará-los para novos desafios, munindo-os de estratégias para exercerem a liderança nas organizações onde atuam, atendendo à  nova dinâmica de mercado;

Academia Lidera: Programa Interno, capitaneado pela Educação Corporativa/CH, cujo objetivo é formar líderes alinhados com a estratégia, o propósito e o futuro do CESAR, que sejam fortemente orientados a pessoas, com capacidade para motivar, engajar e construir propósito junto às  equipes. A academia foi pensada para desenvolver e consolidar as competências comportamentais e organizacionais importantes para o fortalecimento individual e cultural da empresa.

Considerando  o apoio que tive, além das formações que realizei, pude ter visão de futuro e começar o meu desenvolvimento  nos seguintes pontos desta jornada:

Dica 1: Não ter medo de expor a sua fragilidade e de errar diante dos outros

Antes de exercer a  liderança, eu imaginava o líder como um ser perfeito, que não erra, porém nem sempre é produtivo sprint a sprint. Isto é um mito! Um líder é uma pessoa como qualquer outra, que está em constante mudança e evolução. No CESAR, há uma cultura de liderança horizontal fundamentada, onde o indivíduo  cumpre o papel de liderança técnica e isso significa que ele detém responsabilidades diferentes dos outros, mas não está acima deles. 

“O modelo de gestão horizontal ainda é um choque para os brasileiros – diz o professor e empreendedor Luciano Meira –  pois culturalmente temos pouca confiança no outro e tememos mostrar que erramos… O erro é parte fundamental do processo de criação do conhecimento.”  [MEIRA, 2021].

Medo e insegurança são sentimentos comuns ao encarar novos desafios, mas temos que ter a coragem para sermos nós mesmos. Eu comecei recusando a oferta para assumir a liderança técnica, pois acreditava que não era apto o suficiente para desempenhar este papel, além de que tive vergonha de expor minha fragilidade e perder a confiança das pessoas que liderava. 

Mas, trabalhar com Inovação é não ter medo de ser vulnerável, é permitir-se errar para aprender, é crescer junto, em equipe, pois na era de transformação digital, cultivar boas conexões torna-se imprescindível.

Dica 2: Entender o seu perfil de liderança

Eu acompanhava o trabalho dos líderes anteriores e os admirava bastante. Iniciei tentando reproduzir o que faziam, com a mesma energia, proatividade e comunicação… Ao fazer atividades que não estavam alinhadas ao meu perfil, empreguei muito esforço e isso causou um desgaste, me senti desmotivado e cansado. 

Isto não significa que eu era incapaz de executar a função , porém, precisava compreender como poderia realizar as tarefas neste novo  papel. Fiz o teste DISC para descobrir meu perfil, o que me ajudou a entender como poderia potencializar a liderança. O resultado foi:

ESTABILIDADE, onde tem ênfase na cooperação, sinceridade e lealdade. Jogador de equipe, cooperativo e apoia os outros, preferindo ficar em segundo plano. – [PERSONALIDADE S, 2022].

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