Por Victor Rattis, Staff Software Engineer do CESAR.
Iniciei minha carreira na área de TI, no CESAR, há 12 anos, em desenvolvimento de software. Comecei a trabalhar jovem, muito “verde”, e com muita vontade de aprender. No CESAR consegui evoluir muito, profissional e pessoalmente. Gosto de falar que o CESAR é uma empresa centrada nas pessoas, extraindo o máximo do potencial de cada uma. Neste artigo, abordarei alguns insights e provocações vivenciados na minha jornada de liderança técnica, que iniciou há 2 anos, e que vem sendo muito desafiadora e prazerosa.
A chamada para a jornada da Liderança Técnica e os seus conflitos
Antes de atuar no papel de liderança técnica, trabalhava como Engenheiro de Software Sênior, compondo uma equipe de 8 pessoas; neste ambiente, me sentia desafiado e empolgado. Eu tinha a visão de que o meu valor como colaborador do CESAR estava no código que escrevia, nas análises de bugs, em participar e ajudar nas decisões técnicas do time e outros aspectos mais técnicos. Com a saída do líder técnico do projeto em que eu atuava, o gerente me fez um convite para que assumisse este papel. Entrei em em conflito comigo e várias inseguranças surgiram:
- Medo de errar e desapontar os outros;
- incapacidade para assumir esse papel na equipe;
- inexperiência para coordenar o time, correndo o risco de desmotivá-lo;
- inaptidão para suportar a nova responsabilidade;
- medo de distanciar-me da área técnica e meus commits tenderem a zero;
- esquecer os detalhes técnicos, pois estaria distante da “mão na massa”;
- não conseguir entregar bons resultados.
Pensei em desistir várias vezes, fiz algumas reuniões com a gerente, falando que não conseguiria assumir a liderança técnica, argumentando que esse não era o meu perfil e que não tinha as habilidades necessárias para tal. Porém, ela afirmou que confiava em meu trabalho, que eu já vinha fazendo atividades de suporte à liderança e que iria me ajudar nesta transição.
O que viabilizou meu crescimento enquanto líder foram as formações específicas e, o mais importante, ter apoio! Eu tive muito apoio do CESAR, através dos gerentes, dos colaboradores que liderava e de várias outras pessoas que estavam ao meu lado; aprendi muito com cada um. Não tive vergonha de chamar os amigos para conversas e troca de figurinhas, isso me ajudou bastante. No apoio à base teórica, tive a oportunidade de fazer as seguintes formações:
GNED DA CESAR SCHOOL: um curso incrível sobre Gestão de Negócios na Era Digital. Seu objetivo é qualificar líderes e prepará-los para novos desafios, munindo-os de estratégias para exercerem a liderança nas organizações onde atuam, atendendo à nova dinâmica de mercado;
Academia Lidera: Programa Interno, capitaneado pela Educação Corporativa/CH, cujo objetivo é formar líderes alinhados com a estratégia, o propósito e o futuro do CESAR, que sejam fortemente orientados a pessoas, com capacidade para motivar, engajar e construir propósito junto às equipes. A academia foi pensada para desenvolver e consolidar as competências comportamentais e organizacionais importantes para o fortalecimento individual e cultural da empresa.
Considerando o apoio que tive, além das formações que realizei, pude ter visão de futuro e começar o meu desenvolvimento nos seguintes pontos desta jornada:
Dica 1: Não ter medo de expor a sua fragilidade e de errar diante dos outros
Antes de exercer a liderança, eu imaginava o líder como um ser perfeito, que não erra, porém nem sempre é produtivo sprint a sprint. Isto é um mito! Um líder é uma pessoa como qualquer outra, que está em constante mudança e evolução. No CESAR, há uma cultura de liderança horizontal fundamentada, onde o indivíduo cumpre o papel de liderança técnica e isso significa que ele detém responsabilidades diferentes dos outros, mas não está acima deles.
“O modelo de gestão horizontal ainda é um choque para os brasileiros – diz o professor e empreendedor Luciano Meira – pois culturalmente temos pouca confiança no outro e tememos mostrar que erramos… O erro é parte fundamental do processo de criação do conhecimento.” [MEIRA, 2021].
Medo e insegurança são sentimentos comuns ao encarar novos desafios, mas temos que ter a coragem para sermos nós mesmos. Eu comecei recusando a oferta para assumir a liderança técnica, pois acreditava que não era apto o suficiente para desempenhar este papel, além de que tive vergonha de expor minha fragilidade e perder a confiança das pessoas que liderava.
Mas, trabalhar com Inovação é não ter medo de ser vulnerável, é permitir-se errar para aprender, é crescer junto, em equipe, pois na era de transformação digital, cultivar boas conexões torna-se imprescindível.
Dica 2: Entender o seu perfil de liderança
Eu acompanhava o trabalho dos líderes anteriores e os admirava bastante. Iniciei tentando reproduzir o que faziam, com a mesma energia, proatividade e comunicação… Ao fazer atividades que não estavam alinhadas ao meu perfil, empreguei muito esforço e isso causou um desgaste, me senti desmotivado e cansado.
Isto não significa que eu era incapaz de executar a função , porém, precisava compreender como poderia realizar as tarefas neste novo papel. Fiz o teste DISC para descobrir meu perfil, o que me ajudou a entender como poderia potencializar a liderança. O resultado foi: