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CESAR .


2021-04-13T00:00:00

Tecnologia


Desafios na contratação de profissionais de tecnologia: quais os caminhos mais eficazes?

No último dia 31 de março o CESAR promoveu um evento no Clubhouse, que  teve a mediação de Silvia Bassi, Publisher na The Shift, com a troca de experiências de Eduardo Peixoto, CDO do CESAR, Pierre Lucena, Presidente do Porto Digital, Bob Wollheim, CSO da CI&T, Giselle Rossi, Designer de Negócios no CESAR e Rui Coutinho, Executive Director da Porto Business School. 

No evento foram discutidos os desafios enfrentados pelas empresas para a contratação de profissionais na área de tecnologia, um mercado que cresce cada vez mais, demandante por soluções em TI, mas que ao mesmo tempo sofre uma grande restrição de profissionais.

Pierre Lucena abriu o bate-papo falando sobre a dificuldade em encontrar profissionais para preencher as vagas que estão abertas na área. Ele pontuou que no Brasil, apenas 17% dos universitários concluem um curso da área de exatas ou em algumas áreas relacionadas que ensinam disciplinas exatas, enquanto na China esse número sobe para 40% . 

“Os dados não são nada animadores na área de tecnologia. O Brasil só  formou em 2019 um pouco mais de  29 mil pessoas, mas há uma demanda em torno de 70 mil pessoas”, pontuou Pierre.  

Pandemia e mudanças no mundo do trabalho

Os processos de transformação digital precisaram ser acelerados com o início da pandemia e o trabalho remoto se tornou obrigatório para que as pessoas pudessem continuar exercendo o seu trabalho. O novo escritório, novo workplace, ainda está sendo construído e a tendência é que daqui pra frente ele se torne híbrido. Mas a busca pelo preenchimento das vagas ainda é um desafio, porque as diferenças salariais foram alavancadas pela maior possibilidade do trabalho remoto onde “hoje um profissional super qualificado pode ter um emprego em qualquer lugar do mundo, pode estar em qualquer lugar trabalhando e existem empresas que fazem suas equipes de desenvolvimento, programação e criação totalmente remotas”, afirma Silvia Bassi. Rui Coutinho complementou que os problemas em Portugal são muito parecidos, uma vez que multinacionais estão contratando pessoas para empresas que nem sequer estão instaladas no país. 

Os desafios na busca por profissionais qualificados 

Com as mudanças no mundo do trabalho acarretadas pelo momento em que estamos vivendo, se torna cada vez mais preciso buscar um profissional que não só tem hard skills, mas que também tenha soft skills. Silvia reafirma esse ponto quando diz que “hoje várias empresas de desenvolvimento de software não estão mais procurando contratar profissionais formados em universidades, porque hoje é possível formar bons profissionais de desenvolvimento usando treinamento e cursos específicos. A tecnologia muda a uma velocidade que você precisa estar o tempo todo re-treinando e faz parte da vida de qualquer profissional hoje”. Pierre corrobora que a estratégia de recrutamento e seleção montada por departamentos de RH tem grande influência nesse processo, por muitas vezes exigindo na vaga que haja uma formação superior, mesmo quando algumas empresas já não exigem. 

Eduardo Peixoto afirma que a maioria das vagas existentes demandam diferentes habilidades das adquiridas nas universidades tradicionais, e pontua a possibilidade para outras modalidades de ensino; “talvez formações com 2 anos de curso resolvam o que o mercado precisa. Para ter um profissional que atende a necessidade do mercado e aprende mais rápido, é preciso um aprendizado learn by doing, as pessoas aprendem fazendo”.  

A importância do design é destacada por Giselle Rossi, que afirma que ele vem para humanizar a tecnologia. “É uma competência também muito procurada e que possui soft e hard skill, juntas, em sua essência, como a capacidade de olhar para as pessoas – os usuários das soluções tecnológicas – que precisam ser mais humanizadas.

Bob Wollheim menciona a necessidade de uma mudança de paradigma para que as empresas se tornem um ambiente de empresa-escola, um lugar de aprendizado para expandir a base de talento dentro da empresa. Além disso, ele afirma que não é suficiente que as empresas permitam que seus funcionários trabalhem de qualquer lugar sem que possuam uma operação e modelo de negócios que seja eficiente em escala global. E o último ponto que ele cita é a importância de existir um propósito dos lugares em que as pessoas trabalham, independentemente deles serem físicos ou não, porque as pessoas continuam querendo trabalhar em lugares  que façam diferença para o mundo, lugares que constroem coisas que fazem a diferença e melhoram a vida das pessoas.

Empresas como protagonistas na solução do problema

Finalizando a discussão, Giselle Rossi reafirmou que é preciso um esforço e investimento das organizações a longo prazo para que essas mudanças de paradigmas possam ser efetivas. “Me preocupo com o imediatismo nas organizações que acham que abrindo vagas vão encontrar profissionais nas prateleiras. Sem pensar nesse conceito de empresa-escola, que é um olhar mais a médio, longo prazo,  a gente não vai conseguir resolver essas demandas”. 

A pandemia trouxe para a mesa todos os problemas juntos e forçou organizações, governos e a sociedade de uma forma geral a olhar para eles e tentar resolver. Desta forma, se exige um maior protagonismo por parte das empresas a criarem elas próprias políticas que resolvam seus próprios problemas. 

O próprio CESAR é um dos grandes demandantes do mercado, que de março de 2020 a março de 2021, em um ano de pandemia, contratou 336 profissionais, e segue com diversas vagas em aberto. E cumprindo com a sua missão de formar protagonistas da transformação, a CESAR School conta com alternativas como Programas de Formação Acelerada, Programas de Residência, Criação de Academias Corporativas dentro das organizações; além dos cursos de graduação e mestrado em Ciências da Computação e Design, doutorado profissional em Engenharia de Software, e o curso NEXT (Nova Experiência de Trabalho) – uma especialização em novas tecnologias.

Por meio da CESAR School, nossa escola de inovação, nós criamos experiências inovadoras de aprendizagem para desenvolver pessoas com as competências necessárias para serem líderes da transformação em suas organizações. Entre em contato com um dos nossos consultores e entenda como podemos apoiar a sua organização a enfrentar os desafios de formação de capital humano. 

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