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CESAR .


2022-12-21T00:00:00

Negócios


Corporate Venture Building: Inovação com DNA construtor para organizações e startups

Situações sem precedentes, como a pandemia do Coronavírus, trazem mudanças como o crescimento do empreendedorismo. As pessoas recorrem a novos modelos de negócios para gerar fontes alternativas de receita ou até mesmo se manterem competitivas frente à economia. Por isso, as inúmeras restrições e incertezas trazidas pela pandemia não frearam o mercado de startups no Brasil. 

Pelo contrário: dados de 2021 da Associação Brasileira de Startups revelam que o número de empreendimentos criados saltou de 4.100 (até 2019) para 12.700, um aumento de 207%. E mesmo após a reestabilização, os números pós-pandemia também surpreendem: de acordo com a Córtex, em 2022 o Brasil conta com 11.562 startups ativas, sendo 28% do segmento de TI, 22% da área de serviços, 16% do varejo, 11%  da industria e 6% do setor financeiro. 

É nesse cenário de empreendedorismo, inovação e risco que entra o Corporate Venture Building (CVB), modelos no qual organizações acreditam e exercem um papel de desenvolvimento de startups, se unindo a Venture Builders para utilizar seus recursos financeiros e humanos em prol de levar produtos digitais e inovadores ao mercado.

E já podemos adiantar: Venture Builders não são aceleradoras de startups – para entender as principais diferenças, basta continuar a leitura!

O que fazem as Venture Builders?

As Venture Builders são organizações dedicadas a produzir sistematicamente novas empresas, ajudando-as a crescer e ter sucesso, mas, atenção: elas não necessariamente criam novas startups, a sua atuação mais comum é buscar soluções no mercado e incorporá-las a outras empresas. 

Que tal um exemplo? Suponha que uma grande corporação deseje incorporar uma solução de banking as a service no seu catálogo de serviços, ao passo que há uma startup que está desenvolvendo uma plataforma com essas funcionalidades financeiras, mas não possui recursos necessários para maturar e escalar sua solução. 

É neste momento que as Venture Builders atuam, captando a startup para que seja impulsionada pela organização.

As organizações Venture Builders geralmente atuam em sete principais frentes:

  1. Identificação de ideias de negócios;
  2. Formação de equipes;
  3. Acesso a capital;
  4. Ajuda no gerenciamento dos empreendimentos;
  5. Fornecimento de serviços compartilhados. 
  6. Emprego de uma metodologia empreendedora;
  7. E fornecimento de talentos.

3 diferenças entre Venture Builders e aceleradora de startups? 

1. Objetivos: As Venture Builders buscam maturar e escalar novos negócios a partir de uma parceria estratégica com empresas já consolidadas, enquanto o foco das aceleradoras é, principalmente, fornecer exposição a soluções inovadoras em estágio inicial.

2. Nível de controle: As startups que participam dos aceleradores são totalmente independentes da empresa, enquanto os empreendimentos nas Venture Builders costumam ser propriedade corporativa – embora parte possa permanecer com a equipe empreendedora interna ou, eventualmente, ser aberta a investidores/parceiros de terceiros.

3. Foco: As Venture Builders precisam ser muito seletivas nas suas ações (executando de dois a três projetos por ano), enquanto as aceleradores adotam uma abordagem mais ampla do portfólio (Como na estratégia ‘Spray & Pray’, na qual investidores fazem muitas apostas e entendem que apenas algumas terão retorno).

A relação do Corporate Venture Building com a inovação corporativa 

A construção de empreendimentos corporativos geralmente faz parte de uma estratégia de inovação para uma organização, da mesma forma que investimentos e parcerias de capital de risco também são partes importantes. 

A estratégia do Corporate Venture Building representa, então, uma excelente forma de identificar ideias geradas externamente, formar parcerias e desenvolver novos negócios.

Case CESAR

No início da sua jornada no ecossistema de Inovação Aberta no país, o CESAR desempenhava um forte papel de Venture Builder ao combinar recursos internos e externos para desenvolver startups. Nesse modelo, times internos, um empreendedor residente e times externos colaboram para criar e escalar novos negócios. Exemplos de sucesso que passaram pelo impulsionamento do CESAR são a Tempest, a Pitang e a Neurotech, esta última veio a se tornar o primeiro unicórnio in 

Case Zé Delivery

Em 2016, a Ambev lançou um desafio interno buscando formas de conectar os distribuidores ao cliente, em meio à expansão da concorrência. Dessa oportunidade surgiu a ideia do que hoje conhecemos por “Zé Delivery”, um aplicativo de entregas de bebidas.

A solução ganhou força principalmente durante a pandemia, quando se tornou ainda mais necessário manter as operações dos pontos de venda ativas. O sucesso foi tanto que o Zé Delivery saiu do guarda-chuva da Ambev, onde ganhou vida e em um spin-off, se tornou um negócio à parte para continuar a trilhar o seu caminho. No primeiro semestre de 2021, a startup impulsionada na estratégia CVB pela Ambev fez 29 milhões de entregas.

A grande vantagem do impulsionamento por Corporate Venture Building

No contexto da inovação corporativa, o sucesso da relação venture builder – startup – corporações decorre da combinação dos ativos corporativos com os pontos fortes típicos de uma startup.

Com equipes dedicadas e independentes, arquiteturas modernas de tecnologia e um foco enxuto nas coisas importantes, as startups podem desenvolver mais rapidamente novos produtos e lançá-los no mercado – vencendo a concorrência e sua abordagem mais lenta. 

Por serem independentes, elas também podem se concentrar em encontrar ideias que desafiarão as soluções existentes em seu setor. Tudo isso com a sensação de “menos a perder”, o que aumenta a sua sede por inovação, ainda que ela venha com riscos.

As empresas, por outro lado, são construídas para escalar, principalmente a partir do seu maior legado corporativo: seus ativos. Esses ativos incluem capital, base de clientes pré-existentes, dados sobre comportamento, padrões de compra e conhecimento profundo da indústria, sem esquecer, é claro, da relação de confiança construída entre os clientes e a marca. 

Venture Builder como uma ponte para Venture Capital 

As Startups costumam enfrentar dificuldade para obter capital. Por sua vez, as Venture Builders têm uma chance maior de conseguir investimentos – ou seja, são capazes de estreitar a relação entre os pequenos empreendedores e as corporações em prol do desejado capital de risco.

Por mais brilhante e promissora que seja a ideia, a startup pode não ter os recursos e o know-how para desenvolver um produto mínimo viável ou mesmo um protótipo. No entanto, uma vez que passa a contar com  o suporte fornecido por uma Venture Builder, a startup dispõe de suporte como infraestrutura para desenvolver seu produto, estratégias de marketing, recursos humanos, direcionamentos para a cultura da empresa, entre outras vantagens. 

Naturalmente, organizações envolvidas com a estratégia de Corporate Venture Capital se sentem mais confortáveis e inclinadas a investir nas startups de menor risco, confiáveis ​​e capazes de executar suas operações, sejam técnicas ou comerciais.

Lembrando: A estratégia de Venture Capital não interfere na operação/construção da startup, em vez disso, foca no investimento típico, fornecendo X quantidade e esperando o retorno. Já a estratégia Venture Builder possui o DNA construtor.

É por isso que ao unir as estratégias, as chances de sucesso são exponencialmente maiores – visto que todas as lacunas, sejam operacionais ou financeiras, podem ser preenchidas.

Projeto, experiência técnica e crescimento

Corporate Venture Building é a união do capital de risco tradicional (financiamento) com o suporte adicional de design, desenvolvimento e comercialização com foco na execução e no product-market-fit desde oestágio inicial. 

Em uma parceria 360, o CESAR e a Kyvo fundaram a Arbos, com o objetivo de desenvolver e implementar projetos de inovação com impacto socioambiental para corporações brasileiras. 

A Arbos foi pensada para atender as demandas do Corporate Venture Building e Corporate Venture Capital – a depender do objetivo das organizações. 

A oferta co-branded atua por meio da entrega de uma estratégia completa de desenvolvimento de inovação aberta, com um mix de recursos, talentos e expertise em tecnologia, design, antropologia, inovação e negócios. 

As soluções oferecidas compreendem:

  • Diligência Técnica
  • Mapa de Desafios (que conta com a utilização de framework proprietário).
  • Inteligência Artificial na busca de soluções.
  • Squad sob demanda, que prevê a alocação de especialistas técnicos de acordo com a necessidade da corporação.
  • Da tese a execução, a plataforma se torna uma das maiores aliadas para o ecossistema de inovação aberta brasileiro. 

 A Arbos é a parceira ideal para empresas que já investem em inovação aberta e gostariam de potencializar seus resultados unindo-se a startups de impacto, sem abrir mão de accountability na condução do processo. Clique aqui para fazer parte da transformação com a Arbos.

 


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